Com efeito, há dois fatos históricos de suma importância a serem levados em consideração. O primeiro destaca a presença da França na Itália como força protetora, desde a ascensão ao trono de Carlos Magno no ano 800 até o Tratado de Cateau-Cambrésis em 1559. A presença da França na Itália se materializa através de forças militares, intervenções político-administrativa, ocupação de postos no gerenciamento econômico e financeiro em amplos setores da sociedade feudal da Idade Média.
O segundo fato intensifica a presença da França no centro-sul da Itália através do domínio político-administrativo total. Do ano 1000 até 1481, o Reino de Nápoles e Duas Sicílias é governado por soberanos franceses das Dinastias de Angers ou de Anjou. A política, a cultura e a força econômica francesas dominam o cenário da sociedade do sul da Itália. As influências sobre o sistema lingüístico foram amplas e indeléveis.
Exatamente nesse período surge o nome da família D’Angieri. Não é difícil imaginar a influência das cortes de Angers na vida social do sul da Itália, no último período da Idade Média. Tudo fazia referência aos governantes provindos de Angers.