Observamos ainda nos sobrenomes os traços de evolução de uma língua no curso dos séculos. Sabemos que a formação do idioma italiano foi longa e trabalhosa; e os primeiros documentos importantes datam do século XIII e encontramos ainda anteriormente paridades utilizadas no que se dizia "idioma popular" e que posteriormente serviu de base à nova literatura e assim definir o meio de expressão de todo um povo, a sua língua.
Devemos admitir que é muito difícil em saber, se não impossível, quando nossa língua mãe, o latim, deixou de ser usado comumente pelo povo, dando lugar aos dialetos mais vulgares, ou seja a nova língua. Certamente uma língua se modifica continuamente com o uso e que estas modificações ocorreram de maneiras deferentes conforme a região e época envolvidas.
As línguas latinas ou neolatinas variaram intensamente, não só de nação para nação, mas de região para região dentro de uma única nação, até a dar vida àqueles dialetos mais conhecidos.
Nos últimos séculos da Idade Medieval as diferenças entre os inúmeros dialetos italianos já se notavam e solidificavam a ponto de chegar aos dias de hoje nos vários dialetos observados: temos o exemplo de Toscana, onde a diferença entre a língua popular e o latim era mínima, já nas províncias setentrionais eram enormes.
Surgiram com o passar do tempo as integrações e o comércio entre as regiões, e assim a necessidade de uma língua única e universal, a qual, na Itália se mostrou essencialmente Toscana, ainda florentina, enriquecida e mesmo tornando-se mais complexa com as adições de vocábulos dos demais idiomas regionais.