Histórico

A origem de nossa Estirpe não é tão simples. Nosso nome de Família por si já nos indica duas origens distintas: uma francesa e outra italiana.

A francesa nos traz e a existência de Ponce Angier, notário real em Reims por volta da metade do século XVI.

Ele é um personagem importante uma vez que exerceu uma das mais nobres profissões, restrita somente há um pequeno número de pessoas privilegiadas devido a sua cultura, integridade, e extremo bom censo e honestidade.

À época de Roma o termo "notarius" possuía apenas o significado de escrivão aos quais era destinado redigir e preservar os discursos dos oradores, havia ainda posteriormente os Notários do Conselho Imperial aos quais se confiavam as autenticações e guarda dos documentos públicos de mais alta importância. Estes últimos eram sempre escolhidos por "magister censum", formando um grupo mais nobre que os simples escrivães e gozavam de muitos privilégios particulares.

Com o passar do tempo, os dois grupos se uniram em um único e originaram uma classe fechada e restrita a qual reteve o direito exclusivo do exercício da profissão, exclusividade esta que se manteve nos governos sucessivos, tanto que os Longobardos adotaram o "direito romano" e suas leis.

Os notários conquistaram uma importância ainda maior na época carolíngia quando foi estabelecido pelos imperadores que cada visconde, conde, abade, e outros nobres, tivesse o próprio notário e que estes tivessem função pública e deviam ser nomeados dentro dos nobres do Império (Messi Imperiali).

Todo e qualquer ato oficial devia ser redigido exclusivamente por eles, o que levou na Idade Média a constituição de uma verdadeira autoridade colegiada de notários, tendo total jurisprudência sobre os seus membros colegiados.