Dois anos mais tarde, Michele Costantino e Caterina decidiram emigrar para a América do Sul e, embarcando no navio "Matteo Bruzzo" da Compagnia Italiana La Veloce, partiram de Gênova no dia 14 de maio de 1890 e chegando no porto de Santos, no Brasil, no dia 07 de julho, tendo tido uma breve passagem pelo Rio de Janeiro.
Devemos compreender a difícil decisão e o triste estado de ânimo em abandonar a Itália que os viu nascer, mas acreditamos que foi um sacrifício necessário devido a crise histórica em que se encontrava a nossa pátria mãe italiana.
Dissemos abandonar? Mas apenas o corpo deixou a Itália, pois a alma e o coração permaneceram na península Italiana, já que uma história de séculos de tradição, enraizada desde o tempo dos Romanos como vimos, permaneceu incrustada na alma de Michele Costantino, Caterina e seus filhos. Raízes estas que vimos ainda nos mais jovens D'Angieri do Brasil, que muitos, ainda crianças, ainda não sabem de onde herdaram tão fortes características familiares.
A vida enfim impôs sacrifícios e nada puderam fazer a não ser partir para a América, esperando assim poder oferecer um futuro melhor, mais digno aos filhos e netos.
Hoje, observamos que tinham razão, pois com sacrifício os D'Angieri conquistaram dias melhores, progresso e distinção por próprio mérito, na nova terra conquistada, aos moldes de nossos antepassados Cavaleirescos da era medieval.
Somos orgulhosos de nossos bisavôs, que se sacrificaram, separando-se da pátria mãe, a Itália, com suas esperanças e temores, partindo para uma terra desconhecida, sabendo lutar com fadiga mas, confiantes do sucesso para assegurar aos descendentes um futuro mais rico e cheio de satisfação.