Um pouco de história: Os Francos se estabeleceram na fronteira norte do Império Romano em 240. No ano 258 irromperam no território do Império, ocupando parte da Gália. Expandiram-se paulatinamente até o advento do rei Clóvis (481-511) que subjugou os Alamanos em 496, os Burgúndios em 499 e os Visigodos em 507 e se apoderou de quase toda a Gália transalpina. Carlos Magno subiu ao trono em 768, unificou toda França, conquistou a Gália Cisalpina (norte da Itália) e fundou, no ano de 800, o Sacro Império Romano Germânico. Com Carlos Magno a França tornou-se protetora de toda a Itália e isso perdurou durante 700 anos. Nesse longo período, interferiu em todas as questões, atritos e conflitos internos da península. Abandonou-a definitivamente em 1559 com o Tratado de Cateau-Cambrésis, em favor do rei da Espanha, Carlos V.
Um pouco mais de história: Anjou, capital Angers, corresponde a região ocupada pelos gauleses andecavos, na época da conquista romana. Durante a Idade Média, foi governada por condes chamados Plantagenetas, foi reunida à coroa em 1205 por Felipe Augusto, erigida em ducado por Luís I em 1360 e novamente unida à coroa em 1481 por Luís XI. Foram famosas as casas reais: a primeira, surgida com os condes de Angers no século X e que reinou em Jerusalém e na Inglaterra; a Segunda que surgiu com Carlos I, rei da Sicília, irmão de Luís IX (1246); a terceira com Carlos de Valois, irmão de Felipe IV o Belo, e que reinou na Espanha, nas Duas Sicílias (Reino de Nápoles) e Parma. O surgimento das casas de Anjou ocorreu no ano 870 com o Visconde de Angers e passaram a reinar sobre Nápoles e as duas Sicílias (todo o sul da Itália) a partir do ano 1266 e se perpetuaram no poder por mais de duzentos anos (até 1481).